Pobre de mim...

17 maio 2015 |


Pobre de mim achar que o fim de tudo se resume em penas um levante. Desafios nunca se revelaram sem motivos. E existe uma causa mais forte: testar o grau de garra e encorajamento de um guerreiro. Quantos já desistiram só com o susto que tomaram com uma luta que surgiu. Se esperassem mais um pouquinho... O desfecho poderia ser outro...
            
Pobre de mim considerar que olhares de acusação podem esmorecer o castelo que ergui com tanto esforço e desprendimento. Se, no período da construção, não me contive no investimento e me dei por inteiro, em tempo integral, por que ceder agora por um olhar que nem sei de sua origem?
            
Pobre de mim substituir minha fé por algo natural que só vê o que olhos humanos são capazes de alcançar. Minha esperança me faz entender o que está nos bastidores de cada situação proposta, me faz compreender que o que é nu e patente pode ser uma ilusão, pode ser uma armadilha para uma queda triunfal. Existe mais, existe algo além e a minha fé sempre me orienta... “Analise um pouco mais, viva essa experiência porque vem um futuro deslumbrante e a manifestação desse deslumbre só depende da sua forma de enfrentar esse momento. Espere, conscientemente”.

            
Rico sou quando dou vazão à esta fé que faz de mim alguém melhor, superior a toda oposição. Se vem a escassez, logo um lindo campo surgirá e a chuva, através das minhas lágrimas, regará as sementes que, logo, logo se tornarão em flores distintas e perfumadas, cercadas por árvores frondosas... E, lá no fundo desse campo, crianças brincarão, felizes, apenas para confirmar que ainda vale a pena não se entregar tantos aos problemas e, sim, conservar essa fé que está sempre aqui, mesmo quando muitos me abandonam.

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