ESTÁGIO SILÊNCIO

21 julho 2010 |


Quando as respostas deveriam vir... Silêncio. Justamente na circunstância em que o ser mais precisa de solução, tudo emudece. O quadro que se apresenta é de perda total: nada favorece, tudo o que surge são meros sinais decepcionantes. Para os mais fracos, o desejo pelo óbito e, em alguns casos, de fato acontece. Já os que acreditam na vida, enfrentam as batalhas, sofrem, sangram e, mesmo feridos, cumprem a missão até o fim. Alguns terminam a carreira sem degustar o mel da vitória; outros chegam a tanto e, então, expiram, realizados.

Nesse “estágio silêncio” cabe ao ser também silenciar. De que adianta fazer barulho se a vida ainda não tem o que dizer? A ela ainda não foi ordenada, pelo Tempo, apresentar uma saída para o diagnóstico que se apresenta. Logo, o mais prudente se faz procurar um local de repouso e descansar; ali será o altar da auto-análise; comparar evidências; repensar sua história. Todo o pranto pelas faltas cometidas e excessos devem ficar nesse lugar: as lágrimas, ao caírem exatamente no chão, irão regar as sementes que estão para brotar repletas de vitalidade e vão florescer como o campo na primavera.

Como todo vale representa uma fase, esse estágio prepara o ser para um novo patamar. Por certo, exclui o choro e os questionamentos. Se ainda vive, numa meia-volta do globo terrestre, as pendências serão resolvidas e as causas, atendidas. Se a situação continuar da mesma forma significa que o tempo total ainda não decorreu. Mas, vai passar, sem dúvidas. É um curso natural da vida e isso não depende de ninguém.

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