TE CONHEÇO?

17 junho 2010 |


Hoje em dia as pessoas andam muito exclusivistas. Ninguém pode interferir em seus projetos nem dar opiniões se não for solicitado. Até aqui tudo bem. Cada um vive a sua vida da maneira que entende melhor, de acordo com seus sonhos, pronto a alcançar as suas metas. Deixar que todo mundo se meta em seus negócios, daqui a pouco, vira uma bagunça que ninguém consegue mais arrumar. E o pior é que, para discordar, atrapalhar e confundir a mente da pessoa aparecem aos montes. No momento em que a confusão está armada e o “castelo” tende a desmoronar, a vítima se vê sozinha, não tem companheiros para amparar as colunas da construção, a fim de evitar a perda. Para a derrota, tem sempre um ser que aparece para colaborar. Daí surgem boatos, comentários alheios que só servem para complicar a situação. Se a pessoa não tiver pulso firme, presencia a queda de um prédio de vitórias que conquistou ao longo de anos, caindo como um papel que alguém amassou. A vida não tem graça se, pelo menos, àqueles que fazem parte da sua história, compartilhem com você todos os momentos, sejam eles tristes ou triunfantes. Mesmo que alguns não façam questão, force-os a participar, seduza-os com as armas da amizade que fortalecem este relacionamento feliz há muito tempo. Ninguém precisa viver sozinho para se sentir completo. Aliás, alguém só pode completar-se quando está ao lado daqueles que o entendem e o amam do jeito que é, seja chato, carinhoso, companheiro ou exagerado. Não importa. O amor, o respeito e a consideração independem da maneira de ser de cada um. O coração deve falar mais alto. Claro que, com bastante cuidado, certas coisas têm o momento exato para se fazerem conhecidas. A precipitação não favorece ninguém. Ter uma vida solitária, sedenta de amigos faz muito mal. Ser exclusivo é mais que estar sozinho, é ter talentos e aptidões que traz destaque entre os demais. É ser cidadão, consciente de seus deveres e obrigações. Também ser “humano” em todas as circunstâncias do cotidiano para saber dizer sim e não, ou concordar e discordar na hora certa. Mas, se no meio do caminho, aparecer alguém querendo saber demais sobre você, leva na brincadeira e pergunta, de forma tranqüila, “vem cá, te conheço? Eu hein...”

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