Douglas de Freitas... Um batalhador que conquistou seu lugar ao sol

23 abril 2009 |


*Entrevistado: Douglas de Freitas
*Ocupação: Ator e cantor

CULTURA VIVA: Qual a sua história na área de atuação? Teve o incentivo de alguém do meio artístico ou conquistou seu espaço com sua batalha própria?
DOUGLAS DE FREITAS: Comecei com teatro na escola. Em 1996 fiz minha primeira peça no teatro como protagonista, a peça se chamava “As aventuras de Zé Ventania”. Depois, continuei com teatro, até que em 2000 comecei a fazer cursos de interpretação para TV, entre eles fiz um com Stephan Nercessian, até então presidente do Sindicado dos Artistas e com um diretor na época da novela “A Padroeira”. Acabando o curso, eles gostaram e me convidaram para uma pequena participação, já que eu não tinha o registro de ator, mas fiz, gostaram e continuei por mais alguns capítulos. Com o registro provisório, não parei mais. Terminei o Ensino Médio, uns cursos e mudei para o Rio de Janeiro de vez, fiz outros cursos, mas devido ao bom trabalho em “A Padroeira”, fui chamado para “Malhação”. Fiz um filme chamado “Um dia de van”, depois fiz “América”, “Começar de novo”, “Bang-bang”, “Malhação” de novo, entre outros trabalhos. Sempre batalhei para conquistar meu espaço, mas as palavras do meu padrinho musical Fábio Jr., me ajudaram muito porque, assim como eu, ele atuava e cantava, e devido às dicas que ele me deu, me senti mais seguro, pois queria mostrar trabalho muito rápido.

C.V.: Chegou a fazer curso de Teatro? Caso positivo, onde estudou? Que importância isso trouxe para sua carreira?
D.F.: Sim, fiz quase dez anos de Teatro, começando na escola e passando pelo SESI. Foi importante porque o Teatro é mais dificil e lhe dá segurança, pois mesmo que a TV seja diferente, o teatro é a escola de todo ator.

C.V.: Quais são os principais trabalhos que já fez ou participou?
D.F.: Bem, na TV foram os maiores, o “Pablo” em “América” (namorado mexicano da Mercedes, Rosi Campos e “Simão”, o amigo do Bodão, em “Malhação”.

C.V.: Como analisa a mídia hoje? Há espaço para os talentosos ou só vale a famosa “indicação”?
D.F.: A mídia é ótima porque nos ajuda a divulgar o nosso trabalho, dependemos de você. Mas há aquela parte negra, como em todas as profissões: uma mídia maldosa, comprada, que derruba. Mas, comigo em geral só tenho a agradecer, pois por onde passei: TV, jornais, rádios, sites, ou seja, a mídia em geral sempre recebeu a mim e meus trabalhos com muito carinho. Pessoas talentosas entram é claro, mas hoje em dia está mais para se manter porque entrar é mais comum por indicação. Isso desanima um pouco porque há pessoas que batalham e não conquistam o espaço e outros não pensam, não estudam e não esperam isso, mas alguém indica. Fazer o quê? Faz parte.

C.V.: Na sua opinião, a classe artísitica é valorizada no Brasil?
D.F.: Bem, acho que sim. Ouço hisstórias que os artistas antigamente eram discriminados, mas hoje ainda surgem pessoas que acham que não fazemos nada, o que não é verdade (pelo menos, de minha parte). Sempre é uma batalha constante.

C.V.: Entre cantar e atuar, qual atividade prefere mais, sinceramente?
D.F.: Prefiro cantar. É algo mais natural. Canto o que quero, o que sinto. As músicas do repertório são composições próprias e canções que falam um pouco do que sou ou do que sinto e penso. Já a TV é algo imposto, não obrigatório, mas se negar um trabalho, pode ser ueq nunca mais lhe chamem; se você aceita, não pode ser o que esperava. Por isso, aprendi a me dedicar a uma carreira de cada vez.

C.V.: Quando brotou o gosto pela música e como foi o início da carreira como cantor?
D.F.: Cantar sempre foi minha vida. Canto desde criança... Cantei em bar, restaurante, mas ficava muito tímido. O teatro me ajudou niso, ou seja, minhas carreiras sempre andaram juntas. Ganhei prêmios, campeonatos, mas profissionalmente começou em 2000 quando conheci o “LS Jack” e dei início aos shows. Sempre intercalando com trabalhos na TV e shows com bandas locais. Em 2003, mais ou menos, comecei a cantar com o “Calcinha Preta”, fiquei um tempo. Saí por outra novela. É claro que durante a novela eu dava minhas escapadas cantando solo, fazendo uns shows, mas nada sério. Fiz também shows com “Imaginasamba” e com amigos, como “Sorriso Maroto” e “Família Lima”. Depois, surgiu outra oportunidade com “LS Jack”; fiquei mais tempo e foi onde achei meu estilo.
Saindo de novo, fiz outros trabalhos na TV, fiz dublagem, trabalhos publicitários, mas já surgia a idéia de um trabalho solo que foi amadurendo, dai foi surgindo convites, apoios, fui compondo minhas músicas, é claro que também vieram cobranças para saber se o trabalho solo seria tão bom quanto as bandas de renome nacional pelas quais passei. Fiquei um tempo distante trabalhando nesse novo projeto, nessa nova trajetória e final de 2008, início de 2009 surgiu o primeiro CD solo em estudio (porque nessas brincadeiras eu já havia lançado 3 ao vivo, inclusive um só com músicas do Fábio Jr, um tributo que fiz em São Paulo). O meu primeiro CD em estúdio foi intitulado “Douglas de Freitas - Completamente Seu”. Tem esse nome porque, de forma geral, me entreguei de copro e alma, ou seja, está tudo que penso e sinto nesse CD, além das composições próprias que já se destacam como “Minha deusa”, Errando que se aprende”, “Completamente seu”, “Pra quê foi brincar”, “Me perdoa”, “Vivendo numa boa”, entre outras, também tem regravações de músicas, as quais fiz questão de colocar numa versão acústica porque também queria mostrar um pouco dos meus trabalhos nas outras bandas. Músicas como “Sem radar”, “E o vento levou”, “Quem é esse cara”, “Teu beijo”, também faz parte das faixas do CD. Dois pontos também são interessantes para mim nesse CD: primeiro, a faixa “Vivendo numa boa”, que em breve estará (se tudo se mantiver certo!) em qualquer das trilhas sonoras das novelas da “Globo” ou quem sabe da “Record”. E o outro ponto é a faixa “Tudo é do pai”, gravado ultimamente pelo Padre Fábio de Melo, no qual fiz questão de gravar porque tem uma letra linda e quis agradecer a Deus por tudo que conquistei, pois se sou quem sou, inicialmente agradeço a Ele.

C.V.: Como concilia show musical com as atividades de um ator? Conta com apoio de alguém ou equipe ou familiares?
D.F.: Isso já aprendi, é tranquilo. Como já falei, aprendi a me dedicar a um só projeto, até surgir uma coisa ou outra, mas nada muito grande que me atrapalhe porque também tenho que ter tempo para visitar minha familia, amigos, curtir a vida e descansar, é claro! Tenho apoio de muitas pessoas, amigos, familiares, fãs, mídia... Muita gente, mas é claro que queremos sempre mais. (risos)
Já recebi alguns prêmios em minha carreira, mas os principais para mim foram o de Revelação do Ano (música) e de Destaque do Ano de Música e de TV e, em breve, fiquei sabendo que vem outro por aí, aguardem! Isso é bom pois vemos que nosso trabalho está sendo bem feito!

C.V.: Quais são seus planos para 2009?
D.F.: Quero viajar todo BRASIL divulgando meu novo CD que, graças a DEUS, já está beirando dez mil cópias, praticamente independente, pois a gravadora que estou é nova e não tem o mercado que as outras têm, mas é um projeto, uma batalha como sempre. Tenho shows a fazer, muita coisa boa espero com esse CD, também estamos gravando os clipes das músicas, futuramente gravarei quem sabe o DVD, vamos ver.
E é claro também voltarei aos trabalhos na TV, dublagem e por ai vai.
Quero deixar também um agradecimento para todos que admiram meus trabalhos e quem quiser conhecer mais tem o site (que está em construção, mas em breve estará no ar): www.douglasdefreitas.com
Tem o myspace: www.myspace.com/douglasdefreitas
Orkut: Douglas de Freitas (ator e cantor). Lá verão fotos, vídeos, informações, adquirir o novo CD, ganhar o novo postal e etc.
E quem quiser contratar o show, ajudar a patrocinar, apoiar nossas idéias ou também me contratar para trabalhos, entre em contato:
DF Produções, telefone (21) 9533-1638 ou pelo e-mail: dfproducoesrj@yahoo.com.br

Foto: Divulgação

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